Dando conselhos que não me pediram.


Escrito em: 03 de Setembro de Dois Mil e Dezenove.

Não dou conselhos, pois não sei nada sobre nada, a minha sabedoria é grão e o amor é quem mais me confunde. Como vou ensinar a conquistar se coleciono derrotas? Perco, perco, perco e não tem santo que traga de volta.
Não sei mais andar de mãos dadas, faz tempo que não escuto coisas bonitas, nem sei mais como reagir. Sábado vou me fantasiar de alegria e esconder a minha tristeza numa cartola.
É isso, é isso. Melhor.
Se você quer tanto, eis aqui o meu conselho: faça do teu ano calmaria o tempo inteiro, até chegar janeiro do outro ano. Se der certo, me avise, pois no dia seguinte me torno professora.
No dia seguinte, buscarei um amor.
Mas não um amor qualquer.
Quero um amor que eu caiba, saca? Não precisa ser gigante, só precisa ter o meu tamanho, ou o tamanho destes que funcionam, destas pessoas que amam tão bonito que parece que foram feitas uma no encaixe da outra, ou mandaram fazer, pois não é possível, é cada amor lindo. E eu, hora sou grande demais, hora sou pequeno, é sempre fora daquilo que entrego, quando penso que o encontrei, ele me aperta nas pontas ou me solta nos passos, e eu não me encaixo, sirvo somente para o embaraço de gente como eu, de tamanhos impossíveis, mas que ainda insistem, pois descobrem no amor dos amigos que se encontraram uma esperança, mesmo que pequena e tola, mesmo que seja igual à que me fez acreditar em nós dois.

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