Primeira folha do caderno.

Escrito em: 21 de Agosto de Dois Mil e Quinze.



Ao contrário do que se pensa, esse não é um blog sobre a morte.Eu quero é falar sobre a vida, quero vomitar o que não me permitem, ao longo dos dias. Parece confuso pra você?

Pra mim também mas, vou tentar explicar.

Resolvi tem um tempo que, reservaria um espaço pra dizer tudo aquilo que passa pela minha cabeça mas não digo, não as pronuncio por educação ou por medo ou por controle (que raramente tenho), para ter um pouco de paz e permanecer com os dentes (já dizia minha vovó).


As vezes, tenho vontade de dizer a vizinha aqui de cima do apartamento, que ela parece uma louca gritando com o cachorro e que ta precisando coloca-lo em um regime porque sei exatamente onde ele está, só ouvindo seus passos.


Tenho vontade de dizer pra minha mãe que o modo que ela fala com os filhos é escroto. SIM. escroto é a palavra. Que ela por vezes me deixou mal por um comentário que pra ela era bobo mas que fez um rombo enorme na minha estima que hoje por sinal, nem existe.

Eu nunca tive uma mãe pra chamar de amiga, desculpa mas, pra mim ser mãe é algo que vai além do *EU TE DOU UM TETO, ME RESPEITA E CALA A BOCA*, lógico que eu a respeito mas, sempre tive vontade de dar um chacoalhão nela e gritar: Mulheeeerrrrr..agradar aos irmãos da igreja e me tratar feito cachorrinho é feio, mew!


Gostaria de dizer ao meu namorado que brincadeira tem limite, que machuca quando ele aperta o meu braço ou bate na minha boca e diz "shiu", dói e dói na alma, que frases que dão a entender que posso ser traída á qualquer momento não ajudam, que detesto quando ele fala sobre o dia todo dele e quando chega a minha vez o assunto deixa de ser interessante, que eu sei que ele não é o único no mundo e que sei bem quando alguém dá em cima de mim (não sou cega) mas eu desconverso porque não to interessada e não sou obrigada a ser simpática; e outra, eu sou mais fiel que a torcida do Timão (e eu nem sou corintiana).


Aos amigos que passaram por mim e não ficaram, aos que ficaram um tempo e saíram falando mal, eu só tenho duas palavras pra vocês, meus caros: TANTO FAZ.

Mesmo.

Real.

Juro por Deus.

Eu passei da fase de me culpar e procurar culpados, estou mais no momento do

"as coisas são como devem ser".

Se acaso quiser voltar, não volte pelo amor de Jesus, porque não me faz falta.

Eu já fui tão influenciável, já fui tão bobinha por querer ser quem as pessoas queriam que eu fosse mas, cara, quem aguenta?

Eu não.

Eu sou cheia de problemas, vou dos problemas psicológicos aos financeiros, de relacionamento ao familiar. Então, meu querido leitor, eu é que não vou ficar me mascarando pra meia dúzia de gato pingado ir com a minha cara,"let it be".

Eu quero rasgar o verbo nesse lugar entende?

Hoje, eu to de boa, peguei um dia calmo pra escrever.

Vai ver é porque eu ainda tenha aquela mentalidade de primeiro dia de aula, sabe?

A gente capricha na primeira folha, pra deixar tudo cagado depois.

É isso.


"que eu consiga vomitar minhas palavras, sem causar danos"







Postagens mais visitadas